Ao me deitar,
Penso em tua pessoa.
Percebo-me a amar,
Dou-me conta de um sentimento à toa.
Penso em ti todas as vezes que escuto o canto da fadista,
Que vejo o escrever do jornalista,
Que leio os versos do poeta,
Que aprecio o sol por uma janela aberta.
Oh, Deus, como hei de parar de nela pensar?
Para mim, o sorriso dela é uma arte;
Os lábios, o chá da tarde,
Embriago-me em seu olhar,
Mas nada hei de te falar,
Pois não passo de um simples covarde.
Agarra-me, oh, paixão avassaladora!
Leve-me para o meu mundo!
Jogue-me nos braços dessa miúda encantadora!
Arranque-me deste sentimento profundo!
Tire-me deste agoniante sofrimento!Inácio Lins
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